Abril 2019

Linda esta parede, não? Esta semana terminámos um dos projetos mais apetecíveis para o atelier, uma parede. Não uma parede qualquer, em tijolo ou pladur, mas uma parede móvel. E para quê uma parede móvel, perguntam vocês. Sim, nós já construímos uma parede fixa (para quem não se lembra, podem vê-la aqui), mas não queríamos construir outra, para ter o espaço amplo sempre que quisermos. É que, por vezes, precisamos de resguardar uma ou outra zona do espaço e não queríamos nada fixo, nada definitivo. Queríamos algo do tipo biombo, que pudéssemos arrastar para onde fosse preciso. Por outro lado, precisávamos também de um cenário para fotografar os nossos trabalhos, algo que se pudesse mover para apanhar a melhor luz e ajustar-se ao objeto (por vezes grande) e decidimos, então, fazer esta estrutura com rodízios. A ideia andava por aqui há imenso tempo, mas decidimos meter mãos à obra quando descobrimos os papeis de parede mais giros de sempre! Tão giros que, em vez de uma, resolvemos fazer duas paredes destas, uma para o andar de cima e outra para a oficina, com duas faces diferentes cada uma. Mandámos vir os papeis daqui:  Papel de Parede dos Anos 70  – e estamos rendidos à sua qualidade!...

Por aqui usamos cola branca em doses industriais. Usamos em madeira (imprescindível!), em papel e até mesmo em tecidos. Toda a família a pode usar, pois é a mais segura e inofensiva das colas, excelente para materiais porosos, solúvel em água (o que pode ser vantagem ou desvantagem), fica transparente depois de seca e tem um custo baixo. Não, não estamos a ser patrocinados por nenhuma marca de cola branca. Nem sequer pelo produto de que vos vou falar a seguir. Se usam muito cola branca (ou cola de madeira), como nós, de certeza que já se depararam com a tampa coberta de cola seca, impossível de abrir, e o bico entupido,...

Muitos nos têm dito que gostam das nossas fotografias no blog, e sugerem que devemos ter uma máquina fotográfica excelente. Sim, temos uma boa máquina mas, sobretudo, o que fazemos é dispender bastante tempo a criar a imagem que queremos. Para fazer justiça às nossas obras, não basta tirar-lhes uma fotografia com uma boa máquina e pronto. É preciso criar uma estética, produzir o ambiente, escolher o melhor ângulo, estudar a luz, aguardar a melhor hora do dia,...

Desde que esta porta apareceu nas primeiras fotografias, que várias pessoas nos perguntaram onde comprámos o sistema de correr. Prometi que faria um artigo no blog sobre este assunto e, por isso, aqui está! Desde sempre imaginámos que, para um espaço como este, do nosso atelier, a porta de correr ideal (para o wc) seria vistosa e assumiria as ferragens, o sistema de correr. Não foi fácil encontrar um sistema de preço acessível. O que encontrámos nas lojas de bricolage era muito caro. Fomos, então, pesquisar na internet, e eis que nos apareceu este equipamento, com um valor muito mais em conta. Não sei se por ser mais barato – ou se serão todos assim –, mas este sistema deu uma trabalheira a montar! Foi preciso resolver problemas atrás de problemas. 1 - Se o chão for irregular a porta pode não correr com facilidade ou, pelo contrário, descair em demasia; 2 - Se a parede for de pladur, o peso torna-se demasiado e a porta+sistema tendem a descair (nós tivemos que reforçar a parede por trás, com uma barra, prensando a parede); 3 - O sistema vem com dezenas de peças. É preciso gostar muito de puzzles, para as montar; 4 - As roldanas têm que ser alinhadas com rigor (as nossas podiam ter ficado melhor); Coçámos a cabeça, montámos, voltámos a coçar a cabeça, desmontámos, voltámos a montar, levámos as mãos à testa, transpirámos e praguejámos! Ainda assim, valeu a pena (diz aqui a Carlota que nem lhe tocou). A porta fica aqui mesmo linda neste estúdio! Deixo-vos algumas imagens do efeito e do próprio sistema, para que possam decidir se querem algo assim do género nas vossas casas ou escritórios. ;-) Este é o batente da esquerda que faz a porta reduzir a velocidade e travar suavemente; ao mesmo tempo é o que a prende para que se mantenha fechada e não volte para trás. À direita tem outro. Terá as mesmas funções que o da esquerda, se a porta for suficientemente grande para chegar aos dois. Para nós não tem utilidade, já que a nossa porta é estreita e colocámos o travão (no chão) a...