Quatro anos, o que mudou em nossa casa

Quatro anos, o que mudou em nossa casa

O artigo de hoje vem na sequência do artigo anterior, pelo facto d0 blog estar a celebrar quatro anos de existência. Quatro anos que passaram a correr. Tanto, que ainda hoje há objetivos de 2016 por cumprir. “Coisas” que queríamos já ter melhorado nesta casa e, outras, “obras de Santa Engrácia”, como as portas de todas as divisões, ainda a precisar do, há muito prometido, restauro e pintura.
Mas, e então? É assim a vida… muito estará por fazer, mas também muito fizemos nós. O possível. No fundo, o mais importante é manter o equilíbrio entre o que gostaríamos de fazer e o que somos (ou fomos, no final das contas), efetivamente, capazes de fazer.
E, porque nós somos daqueles que preferem olhar para o copo meio cheio, vamos lá ver…

Em quatro anos, o que mudou nesta casa?

  1. A organização, sem dúvida. Aliás, foi exatamente isso que deu origem ao blog: a quem sairia a nossa filha, tão desarrumadona (na altura)? Pois é, hoje podemos dizer que valeu a pena cada objeto destralhado, cada armário revirado e reorganizado, cada mudança de gavetas e todos os métodos de organização implementados. Lembram-se do ano em que destralhámos um objeto por dia? Acabou até por ser muito mais do que um. Sacos e sacos de têxteis e calçado, de objetos práticos e decorativos, de tralha e lixo saíram desta casa e do atelier. Dito assim até parece que éramos acumuladores, mas não e, ainda assim, o que saiu de cá! Entretanto, fez-nos falta alguma coisa? Arrependem-nos de algo que descartámos? Nada, nicles! Nem um só objetozinho. Do que foi já não recordamos nadinha.
  2. A luz e a energia. Uma casa mais liberta de tralha é uma casa mais luminosa, mais arejada e mais saudável. É incrível como podemos comprovar isso! Não é conversa nem teorias Marie Kondo. É mesmo assim. E o engraçado é que não somos só nós que notamos, quem nos visita diz  que a nossa casa é tranquila e tem bom feeling. Na maioria dos 365 dias do ano, nós também achamos.
  3. A arrumação. Em 2016, começámos por arrumar a despensa (que se tornou também lavandaria); depois, algumas gavetas; em seguida, armários de roupa; e os armários de cozinha; e os roupeiros (a cada mudança de estação),… definimos o espaço de cada coisa (a sua “casinha”), implementámos novos métodos de organização. Praticamente tudo o que fizemos se mantém até hoje, até a gaveta da roupa do pai (um diy que fizemos para o Dia do Pai, recordam-se?). Continua a funcionar em pleno, como no dia em que a organizámos com os separadores em vinil e veludo autocolante.
    Sim, hoje é muito mais fácil a casa manter-se arrumada, porque cada coisa tem o seu sítio. E se a casa acaba a ficar mais desarrumada por algum motivo (todos temos os nossos dias) o que é certo é que é muito mais rápido de a arrumar. E de limpar, também. Com menos tralha a limpeza tornou-se muito mais fácil de fazer!
  4. O tempo. Com maior facilidade em arrumar e limpar, o que é que ganhámos? Mais e melhor tempo. Não parece nada, por vezes tendemos a desvalorizar o tempo que perdemos em algumas tarefas mas, hoje em dia, o nosso tempo é tão importante, em quantidade e em qualidade. Encontrar coisas, escolher a roupa que vamos vestir, trocar de calçado, arrumar a loiça, tudo tem que ser mais fácil, prático e rápido.
  5. Por fim, o mais importante de tudo, o mais evidente: a tranquilidade. Mais arrumada, com gavetas e armários menos assustadores, com algumas obras feitas e problemas resolvidos, esta casa ganhou uma leveza que não tinha antes e, isso, dá-nos muita tranquilidade. Sentido-nos bem quando abrimos um armário e a roupa tem ar para respirar, quando abrimos uma gaveta e conseguimos ver tudo o que contém, quando entramos em casa e tudo está no lugar, quando estamos na cozinha e tudo está à mão, quando nos sentamos no sofá e olhamos em volta. Um dia, uma aluna minha entrou cá em casa (porque, enquanto o atelier esteve em obras, tive que dar as minhas aulas de artes na sala) e disse “a tua sala é tão linda, inspira uma calma… é muito tranquila”. Este comentário, vindo de uma miúda de 17 anos que reparou nisto, diz muito.

 

É claro que uma casa é um elemento “vivo” – no sentido de que se vai moldando às nossas vontades, de que se permite transformar por nós, de que muda com as nossas próprias mudanças – e, por isso, “coisas acontecem”, novos problemas aparecem, novas obras precisam de ser feitas e obras anteriores têm que ser refeitas. Uma casa nunca é um assunto arrumado. Os armários da cozinha, por exemplo, colocados quando viemos morar para aqui, entretanto têm 13 anos e as portas, de fraca qualidade, estão muito danificadas e a precisar de substituição. Vejam, por exemplo, outro percalço que nos aconteceu: no verão passado quisemos pintar a fachada, aproveitámos e mandámos limpar o telhado. Resultado: uma série de telhas partidas e, este inverno, diversas infiltrações de água, humidade em vários tetos e paredes, todo um andar de cima a precisar de novas pinturas interiores. Tivemos que tirar TUDO de uns arrumos que temos no piso superior. Está, agora, TUDO no escritório e no quarto de visitas à espera de melhores dias (literalmente). Céus, a próxima Primavera promete! Vantagem: nova viragem nos quartos, novo descarte, nova reorganização, a possibilidade de uma nova imagem. As mudanças são (sempre?) boas. 😀

Posto isto, gostava que, com este artigo, almas mais cansadas ou deprimidas se sentissem mais inspiradas a fazer algumas destas mudanças em casa ou até mesmo no seu local de trabalho. Aproveitem já, hoje ou amanhã, este fim-de-semana! Para nós, tanta bricolage, destralhação e reorganização deu mesmo melhores resultados. A ponto de querermos continuar.

(Aqui entre nós, ando cá com uma vontade de voltar a fazer o “destralhar um objeto por dia”… depois de tudo o que já fizemos, acho que ainda somos capazes de mais… 😀 … sem sermos minimalistas! Será que é um vício???)

Beijos e abraços
e até ao próximo artigo, talvez sobre o que mudou no nosso espaço de trabalho. Também querem saber?

Carlota

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