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Por aqui os dias passam a correr e – mesmo assim, diferentes, por casa – sejamos francos, uns melhor e, outros, pouco satisfatórios. "Ao contrário do que seria expectável com tanto tempo por casa, não tenho conseguido produzir rigorosamente nada", disse-me uma amiga. E outra: "por aqui, tento manter energia para o essencial mas também não têm sido dias produtivos como eu gostaria… A cabeça cria mais bolhas do que capacidade criativa. Mas… haja saúde, não é?" Dias bipolares, é o que os nossos têm sido. Há dias em que me sinto atarantada, a querer fazer tudo e sem ver o fim a nada. Há outros em que consigo o foco e lá vou eu, de manhã à noite, em modo cruzeiro (mas sempre um tanto ou quanto assoberbada). Ontem, virei-me à casa. Limpei, arrumei, troquei coisas de lugar, redecorei, o Marcelo resolveu uns quantos "probleminhas" caseiros e as miúdas ajudaram com os seus quartos e com a roupa lavada. Well done! (pancadinhas nas costas) Entretanto, cheguei à conclusão que devo ser mesmo uma "fadinha do lar" porque, apesar de cansada, cheguei ao fim do dia com uma grande sensação de bem-estar mental e com o sentido de missão cumprida, com a mente muito estimulada e cheia de vontade de "fazer mais coisas". Daí, ter-me surgido o conteúdo para este artigo, que eu espero que vos inspire. Eu sei que às vezes estes artigos chateiam-nos mais do que nos ajudam, porque pensamos "tanta gente a fazer tanto por aí, a cozinhar como se não houvesse amanhã, a fazer imensas atividades com os filhos, vídeos e cursos,  a fazer isto e aquilo, e só eu não tenho força anímica para nada". Pois, deixem-me dizer-vos que há dias em que me sinto exatamente assim e em que fazer qualquer coisa é um esforço enorme e uma luta contra o desalento, mas, vendo bem, será normal (até a pequena inveja é normal) e, ainda assim, lanço este artigo para que, quando não souberem por onde começar, peguem nesta listinha, pensem em mim :-D e avancem...

O artigo de hoje vem na sequência do artigo anterior, pelo facto d0 blog estar a celebrar quatro anos de existência. Quatro anos que passaram a correr. Tanto, que ainda hoje há objetivos de 2016 por cumprir. "Coisas" que queríamos já ter melhorado nesta casa e, outras, "obras de Santa Engrácia", como as portas de todas as divisões, ainda a precisar do, há muito prometido, restauro e pintura. Mas, e então? É assim a vida...