25 Nov Ilse Crawford
Bom dia e boa semana, que agora começa! Pelos comentários que recebemos parece que o último artigo acerca dos espaços de trabalho agradou e terei mesmo que desenvolver a temática. Fica já aqui a promessa de que o farei. Aliás, já comecei a minha pesquisa. Entretanto, queria muito falar-vos de uma designer de interiores que tem uma forma de abordar os espaços que habitamos e que acho especialmente interessante. Descobri-a num dos episódios da série Abstract da Netflix, a designer de interiores britânica Ilse Crawford, fundadora do Estúdio Ilse. Ilse considera que antes de atentarmos à imagem dos espaços, devemos entender as necessidades na sua utilização, priorizando as pessoas e a experiência humana no início do processo do design. Das cores utilizadas à escolha do mobiliário, tudo tem impacto na forma como nos sentimos e comportamos. O que nos rodeia, afeta-nos. No seu estúdio, todos os espaços criados têm em conta as sensações humanas, os nossos cinco sentidos, potenciados na escolha dos materiais, nas texturas, na iluminação, nos objetos e na organização do espaço, acima das questões do gosto. Os estilos passam de moda, a nossa relação com o espaço, as sensações que nos transmite, o conforto, ficam para sempre. A sua casa em Londres. Fonte: Pinterest. No estúdio. Fonte: Pinterest. Analisando as suas obras facilmente percebemos que são espaços com alma, que acordam os nossos sentidos, muitas vezes adormecidos. Em espaços repletos de ares condicionados, escritórios uniformemente iluminados, grandes lojas e centros comerciais, desligamo-nos dos nossos corpos, divorciamo-nos do nosso eu natural. Por isso, naquilo que pudermos controlar na nossa casa, no nosso espaço de trabalho, de forma a reconectarmo-nos connosco, devemos fazê-lo. Como? Ilse tem várias respostas para esta questão. Desenvolverei o tema ao longo desta semana. Vão gostar! Beijos e abraços! Carlota...