Detalhes

O roupeiro que agora me pertence já existia nesta casa quando para cá viemos. Não é, por isso, um daqueles roupeiros modernos, todos lindos e cheios de soluções de organização. É até muito básico. Ainda assim, tem uma boa dimensão, umas portas de correr engraçadas e é bastante luminoso (branco por dentro e por fora). O problema maior é não ter quaisquer gavetas para arrumar peças pequenas, blusas, camisolas ou lingerie. Foi por isso que, durante a organização do nosso closet, cheguei à conclusão que precisava de resolver esta questão e substituir algumas prateleiras por gavetas. Procurei diversas soluções, como módulos de gavetas (que coubessem no interior do armário) e caixas ou cestos (para colocar nas prateleiras), mas nenhuma me agradou completamente. Os módulos de gavetas ocupavam demasiado espaço e, como o armário tem portas de correr que não abrem na totalidade, ou o módulo seria estreito ou não conseguiria aceder com facilidade às gavetas. A solução teria que passar por gavetas avulso, pouco profundas e sobrepostas com uma boa distância entre si. E onde poderia eu encontrar algo assim? Claro, na IKEA! Não, este não é um artigo patrocinado. Francamente, lembrei-me que uma solução do género da que pretendia poderia existir em alguma gama de armários Ikea. Fui procurar e encontrei, então, estes cestos de arame, muito bonitos, leves e modernos. E baratos. Com uma medida muito próxima da que necessitava.   •     Apenas tive que comprar os cestos, as respetivas calhas e colocar duas placas de contraplacado, uma de cada lado do armário, para encurtar a largura em 1cm, até ficar com a medida que necessitava para suspender os cestos. Com uma boa distância entre os cestos, consigo visualizar e aceder perfeitamente a toda a roupa, e ainda consigo puxá-los ligeiramente para fora. Inicialmente, só tinha comprado dois, para blusas de malha e camisolas, mas depois fui buscar um terceiro para arrumar também as calças de ganga. Não é que as calças fiquem mal, dobradas e empilhadas – até funciona –, mas eu queria um espaço mais amplo por baixo das blusas penduradas nos cabides, e aproveitar essa prateleira para colocar um ou outro acessório utilizado com...

Podem ser detalhes, mas "é na atenção aos detalhes que difere um trabalho mediano de um bom trabalho". Esta foi uma das coisas mais importantes que aprendi já nos tempos da Faculdade de Belas Artes. Um detalhe pode ser muito, pode ser tudo. O nosso novo quarto é simples, desprovido, mas com alguns pequenos detalhes que fazem dele a nossa cara e, por isso, nos sentimos aqui tão bem, entre livros, pintura, escultura, fotografia, texturas, materiais naturais, objetos dos quais gostamos, que nos ofereceram e que fizemos. Prometemos este artigo, acerca dos detalhes que escolhemos para compor o novo ninho, e aqui estão eles! FEITO POR NÓS A mesa de cabeceira. Como tivemos que retirar a cabeceira da cama (e respetivas gavetas) para que esta não viesse muito para cima da porta de entrada, ficámos sem mesas de cabeceira. Na imagem que criei na minha cabeça não conseguia incluir mesinhas de cabeceira convencionais, em madeira, que enchessem o espaço em largura (reparem que o quarto não é muito mais largo do que a medida da cama). Também não conseguia ver aqui duas mesinhas iguais. Também não queria gastar muito. Ficar sem apoio é que estava fora de questão! Nas primeiras noites ainda coloquei revistas, livros, telemóvel, candeeiro, a chávena do chá, o elástico do cabelo, tudo no chão. Mas rapidamente concluí que precisávamos mesmo de uma solução.  Por isso, arranjei um esquema de prateleira suspensa. Esta foi a solução mais leve e mais em conta que consegui arranjar. Inicialmente, até tinha pensado colocar uma prateleira na parede, de cada lado da cama, mas depois pensei que, caso quiséssemos alterar a disposição do quarto, ficávamos presos a esta solução. Foi então que reparei num camarão preso no teto e lembrei-me que podia suspender a prateleira como se fosse um baloiço. Prático, sem grandes obras e barato! A jarra de vidro também teve um toque extra. Era simples e ficou mais glamorosa com uma tira de napa em volta (a mesma que usei aqui). Do outro lado ficou a nossa caixa das fotografias a servir de mesa (com a altura ideal para a cama, que é baixa).   ARTE Para tapar...

Criar é tão importante para ela como respirar. Esta artista de grande sensibilidade e talento habita um mundo muito seu, onde se refugia constantemente, de onde só sai quando lhe é pedido e onde é permitida a entrada de um ou outro convidado selecionados. O seu universo é povoado de pequeníssimas reproduções da realidade e do quotidiano - utensílios domésticos,  comida e produtos de consumo diário -, por isso, esta obra que hoje partilhamos é especialmente invulgar e pouco característica do seu trabalho, mas uma das nossas favoritas. Aqui, aventurou-se no uso de materiais naturais para recriar aquela que será para si uma "grande figura" de 20x20cm, a que chamou "O pássaro". Esta ave está cá em casa, já tem o seu local próprio e resta-nos agora dar-lhe a devida proteção para que não se estrague devido à fragilidade das folhas, elementos naturais que compõem as asas.         Podíamos enganar alguém, dizendo que adquirimos esta obra junto de uma artista de referência, mas não foi. Esta figura de barro, folhas secas e penas de pássaro foi criada pela nossa Ca e, acreditem, há muitos artistas como ela, da sua idade, com a sua alma criativa e generosa, por aí. Este ano, durante o verão, a Ca participou numas atividades de férias. Para casa trouxe um sem número de peças e trabalhos feitos durante a atividade. À primeira vista tratava-se de mais umas pinturas, desenhos e outras "criações", como tantos e tantas que já temos e como outros tantos e tantas que fomos obrigados a descartar ao longo dos anos. Durante dias, estas peças ficaram a um canto da sala, à espera de uma solução de arrumação...

Um destes dias, as nossas batatas doces, esquecidas no cesto das batatas, começaram a grelar. Achei a folha tão verdinha, tão bonita — em forma de ♥ — que coloquei a batata em água e deixei que continuasse a crescer.  Entretanto, levei outra para a escola, onde dou aulas de artes a crianças, e acompanhámos o seu crescimento à medida que a íamos desenhando. A alegria dos meus meninos a cada semana que passava e as hastes aumentavam!!! As aulas acabaram e tive que trazer a nossa plantinha para o atelier. Arranjei o sítio perfeito para ela e adoro tê-la ao meu lado!   Durante anos ignorei os vasos suspensos, que associava muito às casas das avozinhas e aos anos 80, mas eles voltaram, estão na moda e não é que os vejo, agora, de outro modo? Acho que dão leveza, dinamismo e outra dimensão aos espaços. Entretanto, satisfeitos com o resultado, estamos a preparar outras soluções a custo quase zero, que partilharemos ainda esta semana ;-)...